Todos os anos você faz exames de check-up para garantir que sua saúde está em ordem e dessa vez um novo exame foi incluído: a ferritina, e para sua preocupação o valor está alto!
Mas afinal, o que é esse exame de ferritina?
A ferritina é uma proteína produzida pelo fígado que armazena o ferro nas células do organismo, por esse motivo ela é utilizada para diagnosticar a falta ou excesso de ferro. É importante também saber que ela pode estar aumentada em quadros infecciosos ou inflamações, o que não configura excesso de ferro .
Assim definir a causa da elevação da ferritina é o primeiro passo para seu manejo adequado. São exemplos de causas de elevação da ferritina de origem inflamatória/infecciosa não relacionadas ao excesso de ferro: esteatose hepática, alcoolismo, malignidades, hepatopatias, síndrome metabólica (isto é obesidade abdominal, hipertensão arterial, resistência à insulina e dislipidemia), hepatites etc. Nessas situações a abordagem vai desde modificações do estilo de vida até o tratamento de infecções específicas, se esse for o caso.
Já, quando existe um aumento real dos estoque de ferro, fatores genéticos que aumentam a absorção do ferro da dieta podem estar envolvidos, o que chamamos de Hemocromatose Hereditária. O tratamento nesse caso visa reduzir a quantidade de ferro acumulada e evitar as consequências da sobrecarga de ferro (deposição no coração, fígado, pâncreas, articulações e prejuízo das funções desses órgãos) . De maneira geral o tratamento é feito através de sangrias terapêuticas, que consistem na retirada de uma quantidade de sangue (com volume semelhante ao de uma doação de sangue convencional), levando à diminuição ferro acumulado.
Então, se a sua ferritina está elevada procure um hematologista ou hepatologista, para que através de uma boa história e exames complementares se estabeleça o diagnóstico e tratamento corretos.
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